Mas tem que me prender
Tem que seduzir
Só pra me deixar...
Oi? Hã? Hein! Quê? Ah! Anota CPF, RG e endereço, Nelson,
anota! que chacrinha é essa! tão fazendo miséria no coração... esse povo que chega como quem chega do nada e explode o coração na maior felicidade... não, não é fácil! quando tá
escuro e ninguém ouve, fio, parece que dizem: te amo, Maria. você não sabe,
Nelson, como é bom se sentir a estátua majestosa por deus estruturada, o coração, não sei
porquê, bate feliz...
Depois, fica tudo azul, Nelson! é um tal de beija eu pra cá,
seja eu pra lá e acredite, Nelson, estrelas mudam de lugar! e você
queria o quê na manhã de um novo amor? hum, hum!?! jacaré vira herói, cavalo fala inglês,
tem mais não... não acredita? você só quer um lugar pequeno e que dê pra dois,
simplesmente um lugar de mato verde, pra ter somente certeza dos limites do
corpo e nada mais...
Mas tudo passa, Nelson! o outro vai embora e faz-se noite no
viver... nessas horas, fio, chora flauta, chora pinho, chora o cantor, tá
perdido de amor... aparece fio de cabelo no paletó, e as rosas exalam um cheiro dentro de um livro,
um inferno! e você só se pergunta: onde estará o meu amor? nem adianta, a voz
da noite silencia... o jeito é dizer à tristeza: se chegue, se sente comigo... nessa mesa
de bar, garçom, pinga ni mim!!!
Aí, amigo, abusou, tirou partido, abusou. de repente você tá
lá, na dança da solidão, só na desilusão, no silêncio da noite, pensado nos dois... bate
outra vez a saudade de todos os desejos, dos beijos e do mel, do olhar
carinhoso, do abraço gostoso e dos segredos de liquidificador. e ainda tem o
pior, Nelson, é quando o ciúme lança a flecha preta no meio exato da gargata... você chora, chora, como é cruel chorar assim! e é só tristeza que não sai, não
sai...
Ah... e no fim! você só lembra daquele delírio sensual,
arco-íris de prazer e suspira: ah, bruta flor do querer! pois é, fio, quando
fica o dito e redito por não dito e todos acham que você anda bebendo demais... é
batata! você pode soltar a sua voz para que todo mundo entenda: cansou de
posseiros no seu coração! Pode isso, Nelson?
*texto em homenagem às profundezas do mar sem fim de merda que tem um monte de gente vivendo por aí...
*texto em homenagem às profundezas do mar sem fim de merda que tem um monte de gente vivendo por aí...
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